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Posts cadastrados em julho 2014

Focar nas qualidades e ter atividades prazerosas melhoram autoestima

autoestima_1Muita gente se vê no espelho de forma distorcida e bem diferente da realidade. A imagem “reflete” uma pessoa mais gorda, mais feia e mais infeliz do que, de fato, ela é. Essa autoestima deturpada é construída ao longo da vida, nas experiências que tivemos e nas culpas que criamos. A boa notícia é que ela pode melhorar.

Segundo o psiquiatra Daniel Barros, todos nós temos fraquezas, e o que consideramos defeitos não pode se sobrepor ao restante e, principalmente, às nossas qualidades. Muitas vezes, o indivíduo se cobra demais; em outras, há interferências como perdas de pessoas queridas, solidão ou isolamento social, abusos físicos ou sexuais, fim de relacionamentos, relações tóxicas, doenças mentais, estresse, ansiedade, pressão, bullying, discriminação social, racial ou sexual, demissão do trabalho, pensamentos negativos, metas muito rígidas e até influências hormonais e obesidade – como explicou o endocrinologista Alfredo Halpern.

Em longo prazo, a baixa autoestima também pode levar a problemas mentais, consumo excessivo de álcool, alimentos, ansiedade, depressão e relacionamentos destrutivos. A autoavaliação sobre quem somos, quais são nossas habilidades, os aspectos positivos e negativos da nossa personalidade e as perspectivas sobre o nosso futuro deve estar em sintonia com a realidade. Isso porque autoestima de menos ou demais gera conflitos nas atividades diárias e nos relacionamentos.

Algumas dicas dos médicos para melhorar a situação são: escreva para entender a origem da baixa autoestima (faça um diário sobre as situações, reações e sentimentos que mexeram com a sua autoimagem), pense em uma defesa para cada sentimento negativo, deixe acessíveis objetos, cartas, fotos e presentes que lhe fazem bem, sorria mais e faça algo do qual você goste, seja no trabalho, em um voluntariado ou hobby. Além disso, estabeleça metas mais realistas e as cumpra, construa relacionamentos saudáveis, pense positivo e busque ajuda profissional quando precisar. E não desconte seus descontentamentos na comida, mas, sim, na atividade física.

Fonte: Bem Estar.

Dor de cabeça pode ser causada por desregulação de mecanismos cerebrais

485b6eafad4b4dc233929278565b67a9Dor de cabeça ou, cientificamente, cefaleia. Sente com frequência? Caso a resposta seja sim, você não está sozinho. Ela é a principal queixa da humanidade e a nona causa de ida ao médico. De acordo com a Sociedade Internacional de Cefaleia (SIC), são mais de 200 tipos e apenas 3% da população mundial está livre de ter alguma crise ao longo da vida.

Há, entretanto, um tipo de dor de cabeça que compromete a vida familiar, social e produtiva de 80% das pessoas que sofrem com o problema. Quem tem – e, no Brasil, esse número passa dos 30 milhões -, convive com crises que vêm e voltam recorrentemente, na maioria das vezes sem aviso prévio. É a enxaqueca.

“O processo doloroso interfere demais na qualidade de vida do indivíduo, porque é, normalmente, uma dor de forte intensidade associada a vários sintomas e que costuma piorar, podendo levar a pessoa a ficar acamada. Isso acaba interferindo no âmbito profissional, acadêmico, interpessoal”, justifica o neurologista Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe).

Segundo ele, o impacto da enxaqueca pode ser medido, por exemplo, pelo índice elevado de ausência ao trabalho. “Uma pesquisa europeia recente revelou que 25% das pessoas com enxaqueca diária ou quase diária estão desempregadas”, descreve.

Ajuda médica

Segundo estudo recente publicado pela revista Cephalalgia, cerca de 18% das brasileiras e 6% dos brasileiros têm o problema. Apesar de, nos dois extremos (infância e velhice), os percentuais atingirem de forma equilibrada ambos os gêneros, por volta dos 30 anos a prevalência nas mulheres chega a ser quatro vezes maior.

Em Fortaleza, estima-se que haja 170 mil enxaquecosos. 85% deles têm mais de duas crises por mês. Diante dos sintomas – a maioria incapacitante – o primeiro passo é procurar ajuda médica. Com o tratamento adequado, é possível conviver com crises cada vez menos frequentes (e de menor intensidade), além de melhorar a qualidade de vida.

Sem marcador

Até 1962, indica o neurologista João José Carvalho, chefe do Serviço de Neurologia e coordenador da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza, não havia um consenso internacional sobre a definição de enxaqueca. Isso porque, no caso das doenças sem um marcador biológico, como ela, o diagnóstico se baseia em critérios clínicos.

“No diabetes, por exemplo, o marcador é a glicemia. A medição comprova que o indivíduo tem a doença. Com as patologias sem marcador é diferente. O paciente não pode provar que está com dor, nem o médico que você tem enxaqueca. Por isso, a entrevista clínica é essencial para o diagnóstico”, diz o neurologista, que estuda o tratamento da dor de cabeça há 32 anos.

Hoje, a classificação da SIC já estabelece um consenso quanto aos principais sintomas desse tipo de cefaleia, que possui 16 formas de apresentação. A com aura e a sem aura são as duas principais.

Quando toca o alarme

Mas, afinal, o que causa a enxaqueca? Trata-se de uma doença biológica, genética e hereditária. “Não tem nada a ver com comida, com comportamento, com menstruação. Esses são modelos leigos que vêm há décadas e não resolvem o problema. A enxaqueca é uma desregulação que envolve mecanismos cerebrais do controle da dor. É um alarme que toca periodicamente, sem motivo. Todos temos esse mecanismo de alarme, que só é para disparar quando há um motivo; nos enxaquecosos ele é desregulado e dispara à toa”.

Quando o alarme está nessas condições, há duas formas de fazê-lo parar. A primeira é desligá-lo – essa é paliativa, emergencial. A outra, é regulá-lo para que não toque mais. Poderia ser só uma metáfora, mas é nela que residem os princípios para o tratamento.

Fonte: Diário do Nordeste.

Exercício intenso de 6 seg reduz pressão de idosos em 9%

idososexerciciosPesquisadores da Escócia descobriram que seis segundos de exercícios físicos intensos podem transformar a saúde de idosos, ao reduzir a pressão sanguínea e melhorar o condicionamento geral ao longo do tempo.
Esta modalidade de treinamentos curtos, de alta intensidade, tem atraído cada vez mais seguidores, prometendo alguns dos mesmos benefícios que os exercícios convencionais, mas em um tempo muito menor.

O estudo piloto da Universidade de Abertay testou a hipótese em 12 aposentados. O grupo realizou exercícios intensos de bicicleta duas vezes por semana durante duas semanas.

Após os exercícios, os participantes reduziram sua pressão arterial em 9%, aumentaram a sua capacidade pulmonar e acharam mais fácil realizar atividades do dia-a-dia, como levantar-se de uma cadeira ou levar o cachorro para passear.

“Eles não foram excepcionalmente rápidos, mas para alguém dessa idade, foram”, disse o coordenador do estudo, John Babraj. “Muitas doenças estão associadas com o comportamento sedentário – como doenças cardiovasculares e diabetes – mas se mantivermos as pessoas ativas e funcionando, poderemos reduzir o risco (dessas doenças).” Os resultados foram detalhados na publicação da Sociedade Americana de Geriatria, Journal of the American Geriatrics Society.

Seguro?

O estudo adotou a abordagem que advoga por explorar os limites do corpo durante apenas alguns segundos, em vez de gastar mais tempo em uma corrida de meia hora ou pedalar por alguns quilômetros. Alguns especialistas argumentam que o treinamento curto e intenso é mais seguro do que o exercício convencional. Nestes últimos, taxas mais altas de batimentos cardíacos e pressão arterial podem levar a ataques cardíacos e derrames.

Babraj disse que corridas por longos tempos “colocam uma pressão maior sobre o coração em geral”. Já o método intenso pode ajudar a reduzir os custos “astronômicos” dos problemas de saúde em idosos, disse ele. “Temos uma com alta média etária, e se não a incentivarmos a ser ativa, a carga econômica disso será astronômica.” Os exercícios usados na pesquisa podem ser realizados em casa, desde que os interessados procurem aconselhamento médico de antemão, segundo o acadêmico.

Mais de 10 milhões de pessoas no Reino Unido – de uma população total de 63 milhões – têm mais de 65 anos de idade, e esse número tende a aumentar. No Brasil, há cerca de 14,9 milhões de pessoas nesta faixa etária, segundo o IBGE. O órgão prevê que essa fatia da população atingirá 58,4 milhões em 2060.

Especialistas consultados pela BBC elogiaram que o estudo tenha destacado os benefícios do exercício físico em qualquer idade. “O estudo desafia a suposição de que tipo de exercício é correto na velhice”, disse o secretário-honorário da Sociedade Britânica de Geriatria, Adam Gordon. “A mensagem geral é que você nunca está velho demais, frágil demais ou doente demais para se beneficiar de exercícios, desde que sejam escolhidos com cuidado.”

Fonte: Terra.

Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites

HepatitesDesde 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) celebra 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Doenças de difícil tratamento, em geral são detectadas de forma tardia, já que os sintomas só se manifestam quando a única chance de sobrevida do paciente é um transplante de fígado.

Segundo o presidente da Associação dos Transplantados e pacientes hepáticos do Ceará, José Wilter Ibiapina, cerca de 39% dos 990 transplantes realizados pelo Hospital Universitário Walter Cantídio foram feitos devido a complicações de hepatite do tipo C e outros 5%, por conta de cirrose em consequência da hepatite B.

O infectologista Anastácio Queiroz explica que as vacinas e hábitos simples, como usar preservativo em todas as relações sexuais, podem prevenir a doença: “Apesar de a hepatite A ser simples e matar somente em casos raros, os outros tipos, B, C e D, têm um tratamento bem aquém do esperado, por isso é tão importante a prevenção”.

Como as hepatites B,C e D são transmissíveis por meio do contato com sangue contaminado, é importante que as pessoas prestem atenção, por exemplo, se os alicates dos salões de beleza são esterilizados. “Cada pessoa deveria ter o seu próprio kit manicure, o que garante que ela não teria contato com o sangue de outras pessoas”, diz.

Fonte: Diário do Nordeste.

Uso inadequado de medicamentos pode causar overdose acidental

Beneficio-em-MedicamentosDiferente de nossos antepassados, hoje em dia qualquer um encontra na farmácia alívios químicos para grande parte dos males que sempre afligiram a humanidade. Temos compostos eficazes para aliviar dor, coceira, tonturas, infecções e até tumores – e o livre acesso a alguns destes compostos muitas vezes passa a impressão de que eles são seguros. Mas se há alguma verdade na farmacologia, ela pode ser resumida pela frase: a diferença entre o remédio e o veneno é a dose.

Tome-se como exemplo o paracetamol, um anti-inflamatório comercializado livremente desde 1955 como a alternativa “segura” ao ácido acetilsalicílico. Nos EUA, registram-se mais de 100 mil overdoses/ano com esta droga, sendo que 56 mil demandam atendimento médico e 500 pessoas morrem. E isto vem piorando tanto que o FDA (Food and Drug Administration) tomou a iniciativa de limitar a dose máxima por pílula como forma de conter esta epidemia. No Brasil, o dado mais amplamente citado é uma estimativa feita pela ABIFARMA (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica) de que ocorreriam 20.000 mortes/ano em consequência da automedicação.

Mas como as pessoas se intoxicam? De vários modos, a maior parte deles acidental, por desconhecimento dos riscos de cada composto. O consumidor comum não tem preparo ou hábito de ler bula, então, uma pessoa gripada pode tomar um comprimido de paracetamol para dor e outro para congestão nasal, sem saber que o segundo contém uma dose plena da mesma droga. Isto é frequente no consultório.

Outro modo de se machucar adviria do desconhecimento das vias metabólicas que nosso corpo usa para controlar a quantidade de droga circulante e seus efeitos. O maior exemplo disto é o anticoagulante warfarina, cujo nível sanguíneo é muito facilmente afetado por qualquer medicação ou mudança na dieta, causando sangramentos às vezes muito importantes.

Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Mesmo lendo bulas, pessoas podem involuntariamente se colocar numa situação de risco misturando drogas com “produtos naturais”. O público em geral tem a falsa noção de que natural significa inócuo. Cabe lembrar que grande parte da farmacopéia ocidental originou-se de produtos naturais. O ácido acetilsalicílico vem da casca do salgueiro, a digoxina, de uma flor, a penicilina, de um fungo, o captopril, do veneno da jararaca e assim por diante. Não bastasse isso, até frutas e legumes podem interferir com drogas e provocar intoxicações involuntárias.

Um dos casos mais notáveis é o da toranja, fruta muito apreciada no hemisfério norte e que interfere na metabolização de pelo menos 85 medicamentos, que variam de remédios para o coração como o verapamil a antibióticos como a eritromicina ou imunossupressores como o micofenolato. Há diversos casos graves e fatais de intoxicação involuntária decorrente da ingesta simultânea de uma droga e este suco. E não vamos nem falar sobre consumir álcool com medicações, pois além de um capítulo a parte, isto é quase que pedir para tomar na cabeça. Álcool e remédios essencialmente não combinam em nenhuma situação.

Que situação não? Você busca um remédio para melhorar e sem saber, pode estar se submetendo a um risco de vida involuntário. Como evitar isso? A peça chave para sua segurança é a compreensão de que não há remédio seguro, o que há são limites seguros para o consumo destes compostos. Estes limites envolvem doses, horários, combinações, estado de saúde, controles sanguíneos e vários outros quesitos, todos relevantes e potencialmente perigosos.

Portanto, jamais se automedique ou combine drogas sem uma orientação específica para fazê-lo. Medicar alguém corretamente já é muito difícil para pessoas que passam a vida estudando o assunto, imagine para quem nem sabe que o assunto existe.

Fonte: Minha Vida.

Descongestionante nasal vicia e pode mascarar males maiores, dizem médicos

spray-sinusite-crianca-sinusite-doente-gripado-1342189585854_300x300Seja verão ou inverno, quando surge a baixa umidade do ar ou aumentam os problemas respiratórios graças aos casos de gripes, resfriados e rinites, o nariz entupido é o sintoma mais comum e incômodo. A maioria das pessoas não pensa duas vezes em ir à farmácia e comprar um descongestionante nasal por conta própria, achando que usar o produto sem acompanhamento médico não trará problema.

E assim começa um dos casos mais clássicos de “vício” em um medicamento, com direito até a declarações em páginas de redes sociais como o “Clube dos Viciados” de um descongestionante conhecido.

“O descongestionante nasal deve ser usado por, no máximo, cinco dias consecutivos, e de oito em oito horas. Se a pessoa continuar a usá-lo, haverá um efeito rebote: para de tomar e o nariz entope novamente e só melhora se pingar o remédio para desobstruir. A pessoa já leva o medicamento no bolso e acaba encurtando os intervalos de aplicação”, conta a pediatra Edina Mariko Koga da Silva é diretora do Centro Cochrane do Brasil, uma organização não governamental que elabora, mantem e divulga revisões sistemáticas de ensaios clínicos.

A médica frisa que as pessoas tomam sem sequer ler a bula, não procuram um médico e, assim, o uso do medicamento torna-se crônico. Ela também lembra que os que sofrem mais são aquela que moram em grandes centros urbanos, por causa da poluição. “Também há o problema dos ‘edifícios doentes'”, afirma.

Ela se refere à má qualidade do ar interno de alguns edifícios, o que passou a ser conhecido mundialmente como “Síndrome dos Edifícios Doentes”, decorrência de uma conjunção de fatores que vão desde os problemas no projeto até a má conservação dos dutos e dos aparelhos de ar-condicionado, causando dois tipos básicos de contaminação: a biológica por fungos, bactérias, vírus e protozoários e até mesmo aracnídeos como é o caso dos ácaros e, a química proveniente de gases liberados por produtos de limpeza, vernizes, tintas, equipamentos de escritório, colas, aumento no nível de dióxido de carbono etc.

Sem controle

O otorrinolaringologista Antônio Carlos Cedin, chefe do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Beneficência Portuguesa e Presidente da Sociedade Paulista de Otorrinolaringologia, também alerta que o descongestionante nasal, hoje em dia, é um dos principais itens com os quais as pessoas se automedicam, pois é vendido livremente e sem controle.

“Quando há contração da circulação dos vasos sanguíneos, o sangue não chega à cavidade do nariz. É o caso da rinite alérgica, quando os tecidos nasais incham, impedindo que o sangue chegue. A pessoa usa o descongestionante e melhora, mas o efeito é passageiro. Quanto mais potente o remédio, a dilatação volta mais forte. Se usado sem prescrição correta e por tempo prolongado, as pessoas têm maior facilidade de se tornarem dependentes. É uma dependência física, química e psicológica, porque proporciona uma satisfação no respirar”, enfatiza o médico.

Contraindicação

É preciso lembrar que o descongestionante nasal é contraindicado para quem tem problemas na próstata, hipertensão e arritmia cardíaca e pode causar retenção urinária e insônia. “Em menores de um ano o descongestionante pode gerar até mesmo convulsões”, avisa Cedin.

No caso de rinite, o otorrinolaringologista comenta que medicamentos via oral, como antialérgicos, regulariam o entupimento nasal. Porém, frisa que é preciso fazer um diagnóstico correto do motivo da obstrução, tratar essa situação de dependência e descobrir o fator desencadeador.

Cedin é enfático: “Se for uma queixa recorrente, não pode simplesmente comprar na farmácia e se automedicar, o que pode até mascarar algo mais sério. É preciso muito critério e indicação médica. O uso deve ser feito em alguns casos e sempre num curtíssimo espaço de tempo”.

Quando o problema for algo grave, ele recomenda tratar com medicamento ou cirurgia, como nos casos de desvio do septo ou adenoides (duas pequenas glândulas compostas por tecido linfoide, semelhantes às amígdalas e aos linfonodos) que se crescerem muito e podem causar obstrução da passagem do ar respirado pelo nariz.

“Se a pessoa for para a praia, tirar umas férias e mudar de ares, por exemplo, a rinite melhora bastante. Para ajudar a desobstruir o nariz no dia a dia, o indicado é o soro fisiológico e a solução salina no lugar do descongestionante”, ensina a pediatra.

Estudo

Um estudo realizado no exterior, em 2009, pelo Instituto Cochrane mostrou que a utilização do medicamento traz uma porcentagem de melhora muito baixa. Aqui o resumo da pesquisa:

“O resfriado é a razão mais comum de doenças entre os adultos, que podem experimentar de dois a quatro episódios por ano. Por enquanto, ainda não há cura para este mal, assim, a diminuição de seus sintomas é o foco do tratamento. A congestão nasal é o sintoma mais comum. Descongestionantes orais ou nasais são frequentemente utilizados.

Sete ensaios foram feitos para determinar o benefício de uma dose de descongestionante, mostrando uma melhoria de 6 % nos sintomas relatados. A melhoria nos sintomas continuou em 4 % das pessoas mesmo após três a cinco dias de uso. Essas melhorias foram conseguidas graças à redução na resistência das vias aéreas nasais.

Dois ensaios foram usados para determinar a probabilidade de efeitos adversos do uso de descongestionantes sobre o tratamento não eram mais prováveis do que com placebo. O efeito adverso mais comum no tratamento foi insônia (5%). Analisamos o uso de descongestionantes em crianças, mas apesar da alta incidência do resfriado comum entre elas, não havia provas desse medicamento ser adequado para a inclusão. Descongestionantes fornecem alívio de curto prazo de obstrução nasal para adultos com resfriado comum, mas não são recomendados para crianças menores de 12 anos”.

Fonte: UOL Saúde.

Ovo afasta mau humor, segundo pesquisa

Ovo-afasta-mau-humor-veja-alimentos-queTrânsito, contas no fim do mês e vizinho barulhento dão mau humor em qualquer um. Mas sabia que fritura, fast food e gordura demais também influenciam o estado de espírito? Uma pesquisa recente mostrou como o brasileiro liga o bem-estar à alimentação.

Mesmo entre as pessoas que consideram ter uma alimentação balanceada, 34% relacionaram o mau humor aos hábitos alimentares. Já entre os entrevistados que disseram comer de maneira errada, o número sobe para 45%.

Entre as pessoas que sentem irritação com frequência, 64% se alimentam de fast food ao menos duas vezes na semana, 61% não bebem dois litros de água diários e 58% não costumam comer produtos integrais mais de três vezes na semana. O levantamento foi feito com 500 homens e mulheres de mais de 18 anos via internet, pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) em parceria com o multivitamínico Centrum.

“Alimentação desequilibrada causa alteração nas funções metabólicas e hormonais e isso afeta o humor e causa irritação”, afirma Dr. Rogério Padovan, especialista em medicina esportiva e nutrologia pela USP. Ele explica que o efeito de certos alimentos no corpo são os responsáveis pelo desconforto. Eleger cardápios e dietas radicais que excluem grupos alimentares, como as que proíbem o consumo de carboidrato, por exemplo, alteram demais o metabolismo e rebaixam os níveis de energia, fazendo com que as pessoas experimentam eventuais momentos de fúria.

Além destes efeitos, o consumo exagerado de gordura reduz ainda os níveis de triptofano, precursor da serotonina, neurotransmissor do bem-estar. “Os alimentos ricos em gordura saturada e trans, como os industrializados, geram um estado de inflamação, liberando moléculas que vão reduzir a atividade do triptofano e podem reforçar alterações de humor”, explica a nutricionista funcional Juliana Bueno.

Como grande influenciador do humor, o cardápio não é só um dos responsáveis pela ansiedade, há comidas que agem também na hora de levantar o astral. “O ansiolítico mais vendido no mundo é chocolate”, diz Dr. Rogério Padovan. Além do cacau, banana e ovo também são alimentos ricos em triptofano.

Nesse mesmo time, opções de vitaminas e minerais também cooperam para ter uma vida mais feliz: magnésio, selênio, complexo B e vitamina C estão entre elas. “Estes alimentos devem fazer parte da rotina da pessoa para que este distúrbio no humor não ocorra, mas se consumido de forma pontual também já atua”, comenta a nutricionista.

Mas a busca pelo prazer imediato que alguns alimentos (como cacau) causam pode os transformar em vilões, quando passam a ser um dos responsáveis pela obesidade e dificuldade de perda de peso. “Alguns alimentos vão aliviar, mas não tirar a ansiedade. Não dá para ficar estressado e comer chocolate toda hora, vai acabar comendo demais e ficar obeso”, explica Dr. Rogério.

Além da sobremesa, as massas também causam um efeito parecido no corpo. Os alimentos ricos em carboidrato refinado – como arroz branco, macarrão, pão francês – provocam o aumento da insulina, o que faz com que o triptofano chegue intensamente ao cérebro. “No início é bom, mas logo ela começa a faltar e a pessoa tende a comer outra porção deste mesmo alimento na busca de prazer. Isso gera piores alterações bioquímicas e fica cada vez mais distante o objetivo de aumentar o bem-estar de forma mais duradoura”, afirma a nutricionista.

Fonte: Terra.

Insatisfação constante com o corpo pode ser sinal de doenças psiquiátricas

downloadCuidar do corpo, se preocupar com os quilinhos extras ou ser adepto do exercício físico para deixar a silhueta definida e com curvas não traz nenhum prejuízo à saúde, “desde que estes cuidados pessoais façam parte de uma rotina de vida saudável e sem exageros”. O alerta é do psicólogo Niraldo de Oliveira Santos, da Divisão de Psicologia do HC (Hospital das Clínicas).

“O cuidado com o corpo proporciona bem-estar e eleva a autoestima. No entanto, o exagero pode prejudicar o cotidiano, comprometer a saúde mental e desencadear algumas doenças”.

Segundo o especialista, o primeiro sinal de alerta é quando há o descontentamento constante com a imagem e a busca pelo corpo perfeito (e da moda) passa a ser prioridade e ocupar a maior parte do tempo da pessoa.

“Gastar boa parte do dia observando o corpo em superfícies refletoras, não necessariamente apenas espelhos, transformar a vida em contagem de calorias, usar somente roupas apertadas ou largas, como moletons, e beliscar a pele para checar se tem gordura são alguns sinais que demonstram preocupação extrema com a imagem”, alerta.

A insatisfação com o corpo pode levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares, de acordo com o psicólogo. Entre os mais comuns, estão compulsão alimentar, bulimia, anorexia e vigorexia (viciados em academia e anabolizantes).

Os problemas não são específicos do universo feminino. Muitos homens também podem apresentar os transtornos, que costumam começar na infância ou adolescência e se estende para a vida adulta.

Segundo ele, a bulimia e anorexia são mais identificadas em mulheres jovens, “embora nos últimos anos tenha se observado uma tendência em crianças e homens”. Já a vigorexia é mais comum em homens e a compulsão alimentar acomete ambos os sexos.

O psicólogo acrescenta que estes transtornos dificilmente aparecem sozinhos, geralmente vêm acompanhados de outras doenças, sendo a depressão a mais frequente. “No caso de anorexia e bulimia, destaca-se também o alcoolismo e o uso de drogas, assim como a vigorexia está associada aos anabolizantes”.

O especialista do HC alerta que a anorexia é o transtorno psiquiátrico que mais mata no Brasil e o índice de mortalidade é maior do que todas as doenças psiquiátricas. A boa notícia é que todos os transtornos têm tratamento, que vai desde psicoterapia e uso de medicação até internação, nos casos mais graves.

Corpo artificial

Para alcançar o objetivo de um corpo sarado e cheio de curvas, homens e mulheres recorrem não só aos exercícios físicos como também as cirurgias plásticas e ao uso de suplementos e anabolizantes. Segundo a endocrinologista Andressa Heimbecher, da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), há limites para o corpo “crescer”. “O corpo cresce até certo limite porque existe um fator genético que deixa o músculo ir até aquele ponto. Depois disso, não adianta anabolizante nem suplemento”.

O excesso de malhação pode causar um estado de over training — ruptura de fibras musculares que pode temporariamente sobrecarregar os rins, explica a médica. Além disso, o exagero impede a recuperação do músculo e, consequentemente, o resultado almejado. “Sem falar que pode causar cansaço excessivo e fadiga crônica”.

O educador físico André Roberto Grigoletto, acrescenta que “ao longo do tempo alguns exercícios podem provocar problemas nas articulações e nos músculos”. “A pessoa pode viciar no exercício, cada vez mais aumentar o peso e fazer mais musculação sem dar o tempo necessário para o músculo descansar e crescer. Para ter o resultado mais rápido, muitas vezes a pessoa começa a utilizar anabolizantes”.

Quando apenas o treino de musculação não é suficiente, muitas pessoas lançam mão da suplementação de proteína, que “em excesso pode sobrecarregar os rins, aumentando o risco de cálculos renais”. No caso dos anabolizantes, as consequências para a saúde são ainda mais drásticas, adverte Andressa.

“Além de câncer de fígado em ambos os sexos, as mulheres ainda podem apresentar acne, queda de cabelo, crescimento de pelos pelo corpo e diminuição da ovulação. Já os homens podem desenvolver atrofia nos testículos, infertilidade e ginecomastia (aparecimento das mamas)”.

Outra consequência é que com a interrupção do consumo de anabolizante o músculo para de se desenvolver e acaba “murchando”. Por isso, para evitar todos estes problemas, os especialistas concordam que recorrer aos hábitos saudáveis é fundamental para atingir a meta do corpo perfeito. O psicólogo do HC reforça que “investir na dieta da moda ou definir um padrão que não é compatível com a sua constituição física são saídas equivocadas”.

Fonte: R7 Saúde.

Apesar da fama de mau, glúten não é vilão e evitá-lo não ajuda a emagrecer

1742c9ygmt3i1bubd4e85lcmiDe tempos em tempos um alimento é demonizado. Já aconteceu com o ovo, com a manteiga e agora é a vez do glúten. Cada vez mais famosas emagrecem e atribuem a perda de peso ao não consumo dessa proteína presente no trigo, na cevada, no centeio e na aveia. Se uma celebridade fala, vira febre e as dietas da moda começam a apregoar distância desse vilão malvado que arruinaria qualquer tentativa de perda de peso ou de manutenção da beleza. Felizmente, tudo isso é mentira.

O nutrólogo Roberto Navarro explica que em pessoas sem intolerância à proteína, o glúten não faz mal algum. Logo, o sacrifício de não comer pão de trigo, cevada, centeio e aveia achando que a atitude refletirá em algum benefício à saúde é perda de tempo. O emagrecimento, diz ele, é apenas uma coincidência calórica. “É claro que se alguém retirar pão, biscoito, pizza e macarrão da dieta, vai perder peso. Mas não é por causa do glúten, é pela dieta restritiva. Se retirar a lactose também, que é outro modismo, não vai tomar sorvete nem leite e vai emagrecer muito, mas é apenas coincidência”.

Retirar o glúten, em vez de fazer bem, pode ser prejudicial no caso da farinha de trigo. Por medida de saúde pública, ela é enriquecida de ácido fólico, substância responsável por ajudar a diminuir a anemia da população, bem como ajudar no aporte vitamínico para diminuir os casos de bebês com má-formação gestacional. Somente devem abandonar o glúten os celíacos, os alérgicos ao trigo e os hipersensíveis.

Doença celíaca

No mundo todo, 2% da população é celíaca. O gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Flávio Steinwurz, explica que, para esse grupo, o glúten causa uma reação imunológica no corpo, inflamando o intestino e impedindo a absorção de nutrientes. Qualquer mínima partícula de glúten causa desconfortos, diarreias, gases em excesso, náuseas e até mesmo anemia, resultando em fraqueza, queda de cabelo e unhas fracas.

Mesmo se a pessoa estiver disposta a conviver com todas as reações, comer glúten se torna muito perigoso, pois a reação causa uma atrofia no intestino delgado, como consequência das inflamações sucessivas, que pode mesmo levar à morte. Quem suspeita sofrer desse problema pode fazer um exame de sangue e diagnosticar, quanto mais precocemente melhor. Uma vez o glúten retirado da dieta, a vida segue normalmente.

Alérgicos ao trigo

Existem também os alérgicos ao trigo, que, para se sentir bem, precisam excluir da dieta todo o derivado do alimento. Essa turma corresponde a 5% da população mundial. Mas atenção: o problema dos alérgicos é somente com o trigo, não com o glúten, que também está presente na cevada, no centeio e na aveia. O nutrólogo Roberto Navarro explica que essa alergia é fácil de ser identificada e costuma acometer mais a pele, com coceiras e urticárias. “Também pode acontecer diarreias, cólicas, falta de ar, queda de pressão, mas não inflama o intestino como na doença celíaca”, detalha.

A princípio, somente o primeiro grupo de pessoas deveria fugir do glúten e o segundo, manter-se afastado do trigo. Mas a ciência descobriu que há um terceiro grupo que relata alguns desconfortos quando ingere o glúten.

Hipersensíveis ao glúten

Quando ingerem alimentos com glúten, essas pessoas reclamam de dores de cabeça, dores musculares, intestino preso ou muito solto, coceiras na pele, cansaço e fadiga. Se sofrer de artrite reumatóide, pode acontecer uma piora dos sintomas. Segundo dados de um estudo britânico com sete mil pessoas, 10% delas foram consideradas hipersensíveis. Segundo Navarro, foi a partir disso que surgiu toda a polêmica de que o glúten é um “veneno”.

O nutrólogo dá a dica para descobrir essa hipersensibilidade. Para quem relata esses desconfortos, basta retirar todo o glúten da dieta durante quatro semanas e avaliar como se sente. Se não mudar nada, o glúten não tem nada a ver com isso. Se, porém, a pessoa se sentir bem, ele recomenda inserir novamente o glúten na alimentação para ver se o quadro piora. Por fim, se isso acontecer, para o próprio bem-estar, é bom que a pessoa se mantenha longe do glúten.

Fonte: IG Saúde.

Injeção de gene no coração tem efeito de marca-passo natural, diz estudo

saude-do-caracaoUm estudo feito com animais demonstrou que a introdução de um determinado gene no músculo cardíaco pode ajudar um coração debilitado a bater de forma regular, anunciaram cientistas nesta quarta-feira (16). A descoberta foi feita por meio de um estudo com porcos.

Se for demonstrado que a técnica é segura e eficaz em humanos, o procedimento poderia substituir, no futuro, os marca-passos eletrônicos.

“Estes avanços antecipam uma nova era de tratamentos genéticos, nos quais os genes não são usados unicamente para corrigir uma enfermidade, mas para transformar um tipo de célula em outro para tratar a doença”, explicou Eduardo Marban, diretor do Cedars-Sinai Heart Institute, que liderou a pesquisa. Segundo o pesquisador, esta é a primeira vez que uma célula cardíaca é reprogramada em um animal vivo para curar uma doença.

O estudo, publicado na revista “Science Translation Medicine”, descreve um tratamento que consiste na introdução de um gene conhecido como TBX18 em uma região do coração de porcos que sofriam de uma condição chamada bloqueio cardíaco completo, um problema grave que provoca batidas irregulares.

O gene transformou algumas das células normais do coração em células de outro tipo, chamadas células sinoatriais, que têm a função de bombear o coração. “Basicamente, criamos um novo nó sinoatrial na parte do coração que originalmente propaga o impulso, mas não o origina”, explicou Marban a jornalistas em uma teleconferência para discutir a pesquisa. “O nó recém-criado assume, então, a função de um marca-passo”, acrescentou.

O gene foi introduzido através de um cateter, não sendo necessária cirurgia de peito aberto. No dia seguinte, os porcos nos quais o gene foi introduzido apresentaram batidas cardíacas significativamente mais rápidas do que aqueles que não foram submetidos ao tratamento.

A técnica funcionou em animais nas duas semanas em que o estudo durou. A equipe de cientistas prossegue seus trabalhos para ver quanto poderia durar o efeito do tratamento.

Quem a técnica pode beneficiar?

Os indivíduos que poderiam se beneficiar inicialmente do novo tratamento incluem os 2% de pacientes com marca-passos que desenvolvem infecções ou fetos portadores de bloqueio cardíaco congênito, que afeta um em cada 22 mil e causa uma batida cardíaca irregular no útero.

Já que é impossível implantar marcapassos em fetos, há muito pouco que se possa fazer para tratar o bloqueio cardíaco congênito, que costuma fazer com que o bebê morra ainda no útero. A abordagem desenvolvida por Marban e seus colegas ainda está a dois ou três anos da realização de testes em humanos, segundo o pesquisador.

“Ela ao menos aponta para o potencial de um tratamento curativo de dose única sem a necessidade de se seguir com intervenções, procedimentos repetidos ou dependência de um dispositivo artificial implantado no corpo”, afirmou Marban.

Fonte: Bem Estar.

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